quarta-feira, 9 de abril de 2008

A primeira ação!



Galera, fico muito feliz que o pessoal tenha me procurado pra falar sobre o que leram nos posts, sei que algumas pessoas preferem não comentar aqui, portanto deixo meu e-mail e msn para quem quiser falar por outros meios. vick_kita@hotmail.com


Bem, estava muito ansiosa em escolher qual seria o tema deste post, já que tenho tantas histórias legais com o Vida Urgente pra compartilhar com vocês. Chegará uma hora que falarei de outras coisas, porém, este é o assunto mais importante pra mim nos últimos tempos. Não só por que eu conheci pessoas incríveis que se tornaram muito presentes na minha vida, mas, também porque é uma idéia que já faz parte de mim.


Não tenho resgistros materiais da minha primeira ação no Vida Urgente, mas, estará sempre na minha memória. Foi em Julho do ano passado, eu me inscrevi para a ação de Volta às aulas da PUCRS, eram apenas 3 voluntários presentes, pra entregar um folder de borboleta, dando boas vindas aos alunos, bom retorno às aulas e contar para eles que havia um núcleo do Vida Urgente dentro da universidade, o que era a Fundação etc. Permitam-me "abordar" vocês e dizer que são todos muito bem vindos no Núcleo da PUCRS, também.


O Núcleo da Fundação na PUCRS fica no prédio 8 (da letras, em frente a FAMECOS) , é um espaço criado pro pessoal que estuda lá, pensar na vida, tomar um chimas (que eles oferecem gratuitamente), conversar, conhecer a Fundação e quem sabe... virar voluntário?! Na parte externa do núcleo eles disponibilizam bancos e mesas, pro pessoal reunir-se. Durante o vestibular de verão 2008 ocorreram ações em que os voluntários entregaram fitinhas de Nosso Senhor do Bonfim, com uma mensagem de boa sorte aos vestibulandos, que em parte seriam estudantes da PUCRS e possíveis frequentadores do Núcleo. Além das fitinhas, haviam cadeiras (estilo de praia) para o pessoal que esperaria os alunos, chimas e o tradicional estande com banners e tatuagens na galera... que dava tanta sorte quanto a fitinha.


Mas, o mais importante não são os "benefícios" materiais que este núcleo oferece e sim a localização dele dentro de uma universidade, onde estamos diretamente relacionando-nos com o nosso público alvo (se é que existe um público alvo para a Fundação), jovens motoristas que são formadores de opinião em Porto Alegre. Participei de quase todas as ações realizadas na PUCRS por que tenho a convicção de que são ações que fazem toda a diferença no nosso trabalho, pode parecer fútil, mas, quando estou lá penso que aquela gurizada bonita, que estuda e também curte muita festa não pode perder a vida nas estradas, bem... talvez seja mais fútil não pensar nisso. Não nego minha pontinha de inveja deles que têm um núcleo dentro do campus, mas, eu pego meu bus sem reclamar que em 10 minutinhos estou na sede da Fundação, e é sobre o curso de capacitação de voluntários, que eu participei lá, que eu "falarei" no próximo post!
Fica então, meu convite a todos que passarem pela PUCRS: Parem no prédio 8, falem com a Maitê, o Alex ou o Jorginho e conheçam o trabalho que eles fazem por lá! Se a sede na Rua Botafogo é a porta de entrada da fundação, o Núcleo da PUCRS pode ser um portãozinho branco de madeira! hehehe
Até o final de semana, com mais um post!

p.s.: na foto eu estou fazendo tatuagem no professor Ferrari do grupo Unificado durante o vestibular da PUCRS.
p.s.²: a foto do post anterior foi tirada em Torres, por mim, durante o Salva Vida Urgente 2008.

quinta-feira, 3 de abril de 2008


Bem, tenho esse blog já algum tempo, mas, só agora achei um motivo realmente bom para postar aqui!

Quando eu tinha 16 anos, estava saindo do colégio e já tinha ouvido falar sobre o trabalho da fundação Thiago de Moraes Gonzaga, seja em festas onde tatuei a borboletinha no pescoço, no Unificado (curso pré-vestibular onde estudei durante 2 anos), ou através da mídia (que frequentemente mostrava o trabalho da fundação)... sempre quis fazer trabalho voluntário e achei que o Vida Urgente deveria ser muito divertido e me proporcionaria conhecer muitas pessoas. Depois de quase 3 anos, minha opinião não mudou.

No próximo dia 14, fará um ano que o meu amigo Joni faleceu, ele era aquele tipo de guri mal compreendido, não estava entre os mais populares, não fazia piadas engraçadas, não ficava com as mais gatas do colégio, também não era o mais inteligente da turma. O Joni era muuuuiiitoo real! Eu sempre achei ele muito bonito, era carinhoso, daqueles que não medem o carinho que dedicam aos amigos, nunca vi ele brabo ou emburrado, a única vez que o vi chateado foi quando enxugava minhas lágrimas, era um guri que tu não poderia contestar o caráter, a bondade e a lealdade. Lembro-me dele chegando de bicicleta na minha casa, trazendo todas as cartas de uma amiga minha numa caixa de bom-bom "amor carioca" eu sempre fui conselheira amorosa e cupido dos meus amigos, só dele fui 3 vezes, com 3 diferentíssimas amigas! Ainda guardo o convite de formatura dele nas minhas coisas, formatura que ele fazia questão que eu fosse, me dando um dos poucos convites que tinha. Porém, eu não fui, não lembro ao certo porquê. Depois nos encontramos algumas vezes no supermercado, algumas evitei parar, pois teria que conversar por muito tempo, já que não nos viamos a meses. Eu fiquei sabendo só no dia 20 do falecimento dele, também não soube da missa de 7º dia.

Na noite de domingo, minha vó paterna faleceu, e seu corpo foi velado no cemitério onde o Joni está enterrado, então finalmente eu pude visitar seu túmulo vazio, lembrar quando era o aniversário dele e saber o dia exato de sua morte. Na segunda a tarde a Sheila (coordenadora de voluntários da fundação) me ligou pois haveria uma ação em uma empresa, quando ela explicou que a ação era pra apresentar a fundação para um grupo de funcionários e incentiva-los a fazer trabalho voluntário eu aceitei na hora. Apesar do luto, de não ter dormido a noite inteira, nem comido direito, eu sabia que nada me faria melhor do que participar da ação, nem falei nada antes da ação, fui lá, fiz tudo com um sorriso no rosto, energia que eu tirei não sei de onde e se não tivesse certeza que conseguiria fazer o meu trabalho bem feito não iria, mas, não existe lugar em que eu me sinta mais segura do que a fundação.

Na virada do ano, eu olhei pro céu e falei com o Joni, e prometi que esse ano seria pra evitar o máximo que pudesse que outras pessoas morressem como ele (ele morreu num acidente de moto, o motorista estava alcoolizado e bateu num poste). Mas, vocês não precisam esperar que alguém próximo de vocês perca a vida pra começar esse trabalho de conscientização. Se vocês têm amor próprio, amam suas famílias, amigos, vocês tem a obrigação de saber que automóveis são armas, que se vocês estão sem cinto no banco de trás vocês podem ser arremessados para fora do carro, que quem usa drogas (inclusive o alcool) e depois dirige perde parte dos reflexos e da atenção na direção. Não são só essas dicas que eu tenho pra dar, mas, a medida que for apresentando o trabalho da fundação passo mais...